24 de abril de 2008

As raízes e os pais (Las raíces y los padres)



As raízes e os pais
Defensoras de nossa existência, as raízes nos ajudam a ficar em pé. Entre a profundidade e a superfície, tocam a terra e se alastram até onde suas forças podem chegar, num caminho não tão uniforme e reto, nem mesmo óbvio e claro. 
Fácil encontrar quem já admirou uma árvore, difícil compreender o que passou para chegar ai. Fácil encontrar quem um dia foi semente e hoje já é um adulto, difícil aceitar toda a influencia do papel dos nossos pais para desenvolver estas raízes, numa fase inicial e tão frágil de nossas vidas. 
Características que marcam, forças que vibram, presente, ausente, uma hora impulsionando, outra hora retraindo. Dinâmicas de cada um, sem o papel dos nossos pais em nossas raízes, nós não seríamos o que somos...
Raízes devem ser motivos de orgulho, desde os momentos de tempestade até os ensolarados que foram vividos, elevam nossos princípios e mostram a nossa essência, ou seja, o melhor de nós mesmos...

Defensoras de nuestra existencia, las raíces nos ayudan a quedarse en pie. Entre la profundidad y la superficie, tocan la tierra y se alastran hasta donde sus fuerzas pueden llegar, en un camino no tan uniforme y recto, ni mismo obvio y claro. 
Fácil encontrar quién ya admiró un árbol, difícil comprender lo que pasó para llegar allí. Fácil encontrar quién un día fue semilla y hoy ya es un adulto, difícil aceptar toda a influencia del rol de nuestros padres para desarrollar estas raíces, en una fase inicial y tan frágil de nuestras vidas. 
Características que marcan, fuerzas que vibran, presente, ausente, una hora impulsando, otra hora retrayendo. Dinámicas de cada uno, sin el papel de nuestros padres en nuestras raíces, nosotros no seríamos lo que somos...
Raíces deben ser motivos de orgullo, desde los momentos de tempestad hasta los soleados que fueron vividos, elevan nuestros principios y muestran nuestra esencia, o sea, el mejor de nosotros mismos...

11 de abril de 2008

Emoções envidraçadas (Emociones acristaladas)


Emoções envidraçadas
Partir do ato da lã que desliza e da pele que freia,
entre as marcas de dedos nos vidros tento ver o seu reflexo.
Sigo o vento que finge soprar forte, com sede de uma chuva molhada que possa pintar o seu quadro na superfície.
Vejo a urbe de vidro que reflete o que não se vê,
sobe em direção a um céu que resignifica o que é a modernidade.
Rompem a sua essência, uma aposta de dualidade que parte da fragilidade para fortaleza, talvez vice-versa. Parecem fragmentos de uma transparência ofuscada com os olhares de quem não quer ver...

Emociones acristaladas
Partir del acto de la lana que desliza y de la piel que frena,
entre las marcas de dedos en los vidrios intento ver su reflejo.
Sigo el viento que finge soplar fuerte, con una sed de una lluvia mojada que pueda pintar su cuadro en la superficie.
Veo la urbe de vidrio que refleja lo que no se ve,
sube en dirección a un cielo que resignifica lo que es la modernidad.
Rompen su esencia, una apuesta de dualidad que parte de la fragilidad para fortaleza, tal vez viceversa. Parecen fragmentos de una transparencia ofuscada con las miradas de quien no quiere ver...

9 de abril de 2008

Luna y Sol

Sube la luna, y surge la noche;
Baja el sol, y marcha el día.

La luna, con su sonrisa;
El sol, con su desmayo.

No sé si me despido de él
O si me enamoro de ella.

Pero aúnque que sigan así,
Yendo y viniendo eternamente,

Traigo la luna en mi alma callada

Y el sol en mi pecho ardiente.

7 de abril de 2008

Jantar solitário

Te aguardo, manso...
Lascivamente...solos de sax...jazz dançando
Meus olhos me traem a cada novo acorde,
como se pudesse sentir seus pés a conduzirem os meus.
Minhas mãos se perdem no papel, resvalando em seu corpo.
Ruborizo como o vinho que trepida sob a luz de inocentes castiçais.
Invejo os casais ao lado que com volúpia apreciam o jantar.
Sorvo o vinho, como se seus lábios fossem e se quer estão aqui!
O peito insiste em pulsar afoito...
Preâmbulo do que estaria por vir.
Tolamente dispenso a sobremesa, na ânsia de sentir o cheiro seu.
Sozinho, deploro sua ausência.
Termina por fim esse meio jantar
O trajeto de volta é rápido vagar, pois em mim sinto seus braços que me acolheriam.
Patético, pago o taxista.
Desço, suspiro, me arrasto em vã esperança, sentindo o
aroma dos lençóis que nos envolveriam.
Maliciosamente me dispo, molho os lábios...
No sofá, deliro mais um acorde doloroso, sussurrado,
como se dividíssemos o mesmo desejo... suplicando amor.
A noite envelhece, a cama me parece abissal...
Não me abalo, te aguardo manso, ainda que sonhando...

Roberto Santos

2 de abril de 2008

Folha seca (Hoja seca)



Folha seca
De algo que mudou, para algo que se transformou,
ao mesmo tempo em que se pareciam iguais, agora suas diferenças são percebidas. A folha cai e já faz parte de outro cenário: apreciável para alguns, indiferente para outros.
Deitada na calçada já olha o mundo por outras perspectivas, enquanto o vento timidamente avança e retrocede, percebe ao seu redor certos movimentos mais rápidos, fluxos de coisas que parecem não ter sentido.
No íntimo sabe o seu próprio sentido e que está justamente aí,
um outono que pacientemente esperava e que transforma sua cor, olhar, firmeza e até mesmo seu destino em sinais peculiares de beleza e vida entre tantos sinais sem sentido...

Hoja seca
De algo que cambió, para algo que se transformó,
al mismo tiempo en que se parecían iguales, ahora sus diferencias son percibidas. La hoja se cae y ya forma parte de otro escenario: apreciable para algunos, indiferente para otros.
Acostada en la vereda ya mira el mundo por otras perspectivas, mientras el viento tímidamente avanza y retrocede, percibe a su alrededor ciertos movimientos más rápidos, flujos de cosas que parecen no tener sentido.
En el íntimo sabe su propio sentido y que está justamente ahí,
un otoño que pacientemente esperaba y que transforma su color, mirada, firmeza e incluso su destino en señales peculiares de belleza y vida entre tantas señales sin sentido…